domingo, 6 de julho de 2014

10 livros que todos os investidores deveriam ler segundo a revista Exame


Especialistas em finanças apontam livros que ajudam a formar bons investidores e aumentam o conhecimento dos mercados


# 01  - "O Investidor Inteligente" é o livro de cabeceira de Buffett



Há muitos motivos para quem investe em ações ler "O Investidor Inteligente", do economista americano Benjamin Graham (1984-1976). Mas nenhuma delas é mais convincente do que dizer que Warren Buffett considera esse o seu livro de cabeceira. Até os anos 1930, as decisões de investimento em bolsa eram tomadas sem um método científico. Foi ele o primeiro a dizer que o valor de uma ação deveria ser calculado pelo fluxo de caixa de uma empresa trazido a valor presente descontada de uma taxa de risco. Ele também foi pioneiro em defender a compra de ações de empresas sólidas com ótimas perspectivas de geração de caixa em momentos de estresse do mercado para mantê-las no portfólio por longos períodos de tempo. Bastante defendidas até hoje, essas teorias fizeram a cabeça do então jovem Warren Buffett quando livro foi publicado, em 1949. O bilionário já chegou a dizer que, depois de seu pai, Graham foi a pessoa que mais exerceu influência em sua vida. A única ressalva ao livro é que boa parte das regras de contabilidade ensinadas pelo autor não se aplicam à realidade brasileira.



O bilionário das letras

Conheça a trajetória do empresário José Janguiê Diniz, o ex-engraxate que fez de tudo um pouco até se tornar o principal acionista do Ser Educacional, o maior grupo privado de ensino superior do Nordeste

Janguiê Diniz: “Nunca tive problema em mostrar o que fiz porque todo trabalho é digno” ( foto: Maíra Erlich)




O empresário José Janguiê Diniz recebeu a informação de que seu nome havia sido incluído na lista de bilionários brasileiros, na última semana de junho, como uma notícia corriqueira. Não houve comemoração, festa ou a compra de presentes extravagantes para celebrar a entrada nesse grupo restrito. Aos 50 anos, a vida do controlador do grupo Ser Educacional, a maior rede privada de ensino superior das regiões Norte e Nordeste, dona das faculdades Maurício de Nassau e Joaquim Nabuco, é bem diferente da do garoto que, aos oito anos de idade, no início dos anos 1970, montou uma caixa de engraxate para conseguir um dinheirinho para reforçar o caixa da família e pagar pequenos luxos, como o ingresso do cinema.
A necessidade financeira despertou a sensibilidade de Janguiê, como é mais conhecido, para os negócios. Ao perceber que seus colegas lucravam mais com a venda de laranjas, ele se desfez da caixa e saiu às ruas para oferecer a fruta. Em seguida, entendeu que o produto sazonal da vez era o sorvete e investiu em picolés. Até a inauguração da primeira unidade da sua universidade no Recife, em 2003, Janguiê foi ajudante em bar, office boy, datilógrafo e professor. “Nunca tive problema em mostrar o que fiz porque todo trabalho é digno”, diz ele. “Sempre estudei muito e fui empreendedor, nunca almejei ser rico.”

domingo, 9 de março de 2014

10 bilionários da Forbes que ditam a moda no mundo

Entre eles, estão Giorgio Armani, Bernard Arnault, da Louis Vuitton, e Domenico Dolce e Stefano Gabbana, da Dolce & Gabbana

 

Fashion e bilionário   

Dos mais de 1.600 bilionários que fazem parte do ranking da Forbes de 2014, alguns deles costumam ditar moda. Isso porque, eles são donos das mais importantes marcas de roupas e acessórios  do mundo.

 1ºGiorgio Armani

 


Giorgio Armani  dispensa apresentações. O bilionário de moda italiano tem fortuna avaliada pela Forbes em 9,9 bilhões de dólares e, segundo a própria revista americana, Armani está cada vez mais rico. Em um ano, seu patrimônio cresceu 1,2 bilhão de dólares.

sábado, 8 de março de 2014

Cade os Silva’s na Forbes?


  
                       POR: Otávio Cardozo - Colunista e Publisher Econômico

    Esta semana a revista Forbes divulgou sua tradicional lista das pessoas mais ricas do mundo, ou seja, com patrimônio superior a um bilhão de dólares. Após algumas análises, constata-se alguns dados interessantes, como o domínio de algumas nacionalidades (Eua, por exemplo) e também a abundância masculina , que representa 90% da lista.Outro dado curioso é que 99,03% das 1.645 fortunas listadas foram consolidadas por um homem, que muitas vezes deixou de herança o patrimônio.
   Mas, em âmbito nacional, a grande maioria dos 65 listados não são de sobrenomes comuns como Silva,Santos ou Souza , mas sim , grandes sobrenomes de famílias/clãs que controlam setores de grande relevância no País.Ao bater o olho na lista, notam-se cognomes repetidos que ocupam grande maioria da lista, são eles Marinho, Ermirio de Moraes,Moreira Salles,Villela, Setubal,Camargo(Côrrea),Safra, entre outros.Até o fato desses sobrenomes permanecerem na lista tudo bem , mas onde estão os sobrenomes comuns, das pessoas que cultivaram um sonho e do zero desenvolveram grandes empresas capazes de gerar milhares de empregos e desenvolvimento econômico? 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Sabe quem é o bilionário anônimo da bolsa brasileira?

Luiz Alves Paes de Barros é um dos maiores investidores da Bovespa — mas quase ninguém sabe quem ele é. Como ele transformou 10 000 dólares numa fortuna e onde aplica hoje

 

É num escritório despretensioso na avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, que trabalha um dos maiores investidores individuais da bolsa brasileira.

Dono de uma fortuna estimada em 1,5 bilhão de reais, Luiz Alves Paes de Barros, de 65 anos, não tem nem vaga na garagem do prédio: todos os dias, deixa seu carro num estacionamento a dois quarteirões de distância e vai a pé até o edifício.
Dificilmente seria reconhecido na rua. Alves não dá entrevistas, não faz palestras nem participa de eventos do mercado financeiro. Sua rotina é vasculhar a bolsa atrás de ações baratas e participar dos conselhos de administração das empresas em que investe. Tornou-se bilionário assim, aplicando na Bovespa, sem nunca ter tido patrão ou qualquer emprego “convencional”. Começou com 10 000 dólares.
Sua grande tacada foi o investimento nas ações do banco Real, antes da venda ao holandês ABN Amro em 1999. Durante quase 20 anos, Luiz Alves, como é mais conhecido, acumulou uma participação de cerca de 5% no capital do banco — e vendeu tudo quando o ABN decidiu fechar o capital da instituição.
Luiz Alves Paes de Barros e a Bovespa (foto): boa parte de seus investimentos - cerca de 1,5 bilhão de reais - estão aplicados na empresa

Recebeu 100 milhões de dólares, cerca de 40 vezes mais do que havia gasto, depois de uma dura negociação com o ABN que levou os holandeses a pagar aos acionistas minoritários um valor por ação próximo ao que foi pago ao controlador do Real, o banqueiro Aloysio Faria.
Depois disso, continuou aplicando no Banco Alfa, instituição criada por Faria após a venda (hoje, tem 16% do banco). “Ele sempre diz que a ação do Alfa é uma nota de 100 reais que custou 50”, diz um amigo. 
O mais impressionante foi o começo de Luiz Alves no mercado financeiro. Segundo contam pessoas próximas, seu capital inicial era de cerca de 10 000 dólares (algo como 80 000 dólares em valores corrigidos pela inflação).
Formado em economia pela Universidade de São Paulo e vindo de uma família de classe alta de São Paulo, Alves decidiu usar o dinheiro dado pelos parentes para aplicar em ações. Na época, havia pouquíssimos investidores individuais na Bovespa e, assim, ele se aproximou de alguns dos grandes nomes do mercado.
Em 1979, fundou com o então operador Luis Stuhlberger — hoje, talvez o gestor mais bem-sucedido do país — e outros sócios a corretora Griffo (que, mais tarde, uniu-se à corretora Hedging e foi vendida ao banco Credit Suisse em 2006). Mas ficou pouco tempo ali.
Quem o conhece diz que ele não gosta de chefes, muito menos de clientes. “Cliente é como patrão, reclama e cobra, não quero isso”, responde a quem sugere que abra uma gestora de recursos.
Também não costuma indicar ações a ninguém — dizem que ficou abalado quando uma tia perdeu dinheiro ao comprar, por recomendação sua, os papéis da americana Willys Overland, que fabricava veículos nos anos 70, antes de a companhia ser vendida à montadora Ford e ter seu capital fechado.
Hoje, suas aplicações estão reunidas num fundo, o Poland, que só aplica seu dinheiro. Desde 2003, quando foi criado, rendeu 1 000%, enquanto o Ibovespa subiu cerca de 300%.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Ronaldo Fenômeno: um bate-papo com o artilheiro que virou sócio e CEO da 9ine

Ex-atleta comanda empresa ligada ao que ele sabe fazer melhor: cuidar da imagem de ídolos

 


Nas modernas instalações da 9ine Sports & Entertainment Consultoria Ltda, no elegante bairro de Alto de Pinheiros, em São Paulo, as pessoas habituaram-se à companhia quase diária de Ronaldo Fenômeno. Não há tietagem explícita, Ronaldo circula sem nenhuma marcação e, em vez de zagueiros truculentos, o maior goleador da história das Copas do Mundo de futebol enfrenta os tormentos de uma agenda repleta de reuniões, telefonemas e compromissos comerciais.

“Hoje eu trabalho mais e ganho menos”, sorri o ex-atacante que, nas feições conhecidas pelo mundo inteiro, não esconde um certo alívio de sentir-se em paz com seu corpo, sem as dores fulminantes que marcaram uma carreira de conquistas sem-número e lesões sem piedade.
Ronaldo Luiz Nazário de Lima agora é o CEO (ele gosta do título, basta ouvir mencioná-lo) da empresa de marketing que tem por nome o mitológico número que o acompanhou em 18 anos de carreira no futebol profissional. Com 45% do capital inicial de R$ 5 milhões injetado na abertura da 9ine em 2011, Ronaldo tem como sócios o maior grupo de comunicações do mundo, o WPP (também com 45% das ações) e o empresário Marcos Buaiz, muito ligado ao mundo da música e, atualmente, com 10% de participação, afastado do dia a dia da agência.
A decisão de parar de jogar futebol antes dos 35 anos não foi uma escolha, mas uma imposição de seu corpo dolorido. Já a opção de fundar uma agência destinada a planejar a imagem de seus contratados e captar recursos de publicidade de empresas interessadas em explorar essas imagens foi uma espécie de caminho natural.
Ronaldo, é claro, poderia ter optado por uma aposentadoria precoce, para curtir os filhos, os imóveis que possui no Rio, em Madri, em Paris e a ilha que comprou em Angra dos Reis.
Sua fortuna, nunca publicamente declarada (“Pelo amor de Deus, não me pergunte isso… Eu tenho duas pensões para pagar”, responde com seu humor franco e contagioso), atinge, segundo estimativas mais ou menos levianas, algo entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão. Mas enfiar um centroavante de seu quilate em um pijama de aposentado é condená-lo à morte. Sobretudo porque, depois de fazer gols, a arte que Ronaldo domina melhor é a de moldar imagens.


LER TODO O ARTIGO


Controle da Dudalina teria sido vendido por R$ 1 bilhão, diz fonte

Para especialistas no setor de têxtil e moda, ativo construído por Sonia Hess vem sendo sondado por fundos há tempos

 
Sônia Hess continuará na posição de presidente - foto divulgação


O acordo para compra do controle da Dudalina teria sido de R$ 1 bilhão ou 10 vezes o estimado Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 100 milhões, afirma fonte da FORBES Brasil. O valor parece exagerado, uma vez que o faturamento da companhia no ano passado foi de R$ 416 milhões, mas segundo a fonte o ativo está bem avaliado no mercado. Na Target, por exemplo, boutique especializada em fusões e aquisições, o consultor-titular Douglas Carvalho Jr, diz que um cliente seu já sondou, no passado, a Dudalina. "Dudalina é um ativo bom, diferenciado, de uma pessoa que construiu uma marca do nada. Antes, era totalmente fabril, hoje é um negócio que combina área fabril e varejo", explica. O diferencial da Dudalina, avalia Carvalho Jr, é que hoje a marca vende muito mais que camisa. Há calças, ternos, sapatos e acessórios. Procurada pela revista FORBES Brasil, Sonia Hess não retornou as ligações. Na sede da empresa, a informação é de que ela só retorna na segunda-feira.

Atualização: Comunicado divulgado agora pouco informa que as companhias globais de private equity Advent International e Warburg Pincus, que detém outros fundos menores que aparecem no documento do Cade, anunciaram hoje um acordo para a aquisição de uma parcela da Dudalina S.A., fabricante e varejista de vestuário de alto padrão. Com o investimento, as empresas afirmam que darão todo o suporte à próxima fase de expansão da empresa. A presidente Sônia Hess De Souza continuará a frente do negócio. Em entrevista à FORBES Brasil em setembro, a empresária revelou que pretendia deixar o comando do negócio em 2016, ano em que completará 60 anos. Ou seja, um sucessor será preparado em até dois anos.


Fonte: FORBES BRASIL

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Angelina Jolie dará ilha em forma de coração para Brad Pitt

Segundo site “The Mirror”, atriz pagou mais de 12 milhões de libras (45 milhões de reais) pela ilha que será o presente pelo aniversário de 50 anos do ator

 
Angelina Jolie não poupou esforços para agradar o marido Brad Pitt em seu próximo aniversário, quando completará 50 anos

São Paulo – O ator Brad Pitt só fará aniversário em 18 de dezembro, mas seu presente já está garantido. Segundo o site “The Mirror”, a atriz e esposa do galã Angelina Jolie comprou uma ilha em formato de coração para dar ao marido na ocasião.
 A porção de terra chamada Petra (ou Petre) fica em meio às águas do Lago Mahopac, a 80 quilômetros de Nova York, e custou 12,2 milhões de libras (pouco mais de 45 milhões de reais). De acordo com a publicação, Angelina visitou a ilha na semana passada e o que motivou a compra foi o fato de que o local abriga duas construções projetadas pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, o favorito de Pitt.
O presente tem 44 mil metros quadrados que inclui, um heliporto, uma cabana de 110 metros quadrados, erguida em 1950, e uma casa principal, de 460 metros quadrados. Esta foi levantada só em 2008, com base em um projeto do arquiteto, após o empreiteiro Joseph Massaro comprar a ilha e se comprometer a realizar a obra.
Além de ter duas construções projetadas por arquiteto idolatrado por Brad Pitt, ilha de Petra tem o romântico formato de um coração
Uma fonte informou ao “The Mirror” que, assim que soube que o lugar estava à venda, Angelina marcou uma visita. Ela ficou impressionada com o que viu e fechou o negócio.
A atriz já tem experiência em dar presentes inusitados ao marido. Sabendo da paixão de Pitt por arquitetura, em 2006, ela levou o companheiro para conhecer um dos projetos mais importantes de Wright, chamado “Fallingwater". O trabalho serviu de inspiração para o agrado entregue ao ator em 2011, também por seu aniversário: um terreno com uma cachoeira, onde ele pudesse construir uma casa inspirada na obra de seu ídolo.
Veja, a seguir, um vídeo com imagens da casa da ilha de Petra:


 



FONTE: EXAME, THE MIRROR, CORREIO 24 HORAS

terça-feira, 16 de julho de 2013

CONDE CHIQUINHO SCARPA ESTÁ COM CÂNCER DE PELE

O socialite e empresário Conde Chiquinho Scarpa anunciou hoje , que está proibido de tomar sol há dois meses por causa de um câncer de pele. O conde publicou em sua página no Facebook a seguinte mensagem:

 " Vocês não imaginam como gostaria de tomar sol e ficar "moreno jambo " , mas há dois meses descobri que estava com câncer de pele , amputei um dedo e não posso nem chegar perto do sol...Mas fica valendo as piadinhas , Dracula, talco na cara .. Rssss a vida sempre é uma festa !!!! E a minha não vai perder o brilho nunca !!! "

 Como adianta a mensagem acima , foram publicadas diversas fotos de Chiquinho e sua familia em uma temporada viagens que faz pela Europa , porém , as fotos mostram Chiquinho com uma cor de pele branca e pálida, o que resultou em comentários desagradáveis realizado em sua página.
Logo após a noticia ser publicada , sua página recebeu centenas de mensagens apoiando-o e lhe desejando muita força nesta luta.

Nós da equipe do portal Bilionários desejamos muita força ao Conde Chiquinho e esperamos que ele passe da melhor maneira por esta situação, 

Mais informações sobre o câncer de pele, doença que atinge mais de 120 mil pessoas por ano no Brasil , no link a seguir:

 http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/3583-cancer-de-pele-atinge-mais-de-120-mil-pessoas-por-ano-no-brasil

 http://drauziovarella.com.br/cancer/cancer-de-pele-2/




EQUIPE BILIONÁRIOS (www.bilionarios.blogspot.com) - É PROIBIDA QUAISQUER REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESTA POSTAGEM SEM CITAR O ENDEREÇO DO BLOG -

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Filhos de Joseph Safra assumem comando do banco no Brasil

 Depois de quase cinco anos de preparativos, Joseph Safra deixou o dia a dia do banco Safra. O banqueiro entregou a gestão da 8º maior instituição brasileira em ativos a dois de seus quatro herdeiros. Treinados pelo pai dentro do banco desde o fim da adolescência, Alberto, de 33 anos, e David, de 28 anos, dão início à terceira geração à frente do Safra. A transição foi formalizada há cerca de um ano, mas foi neste que se tornou evidente para o mercado.
Engana-se, porém, quem pensa que "seu José" se aposentou. Aos 74 anos, o máximo que ele se permite até hoje é tirar alguns dias por ano de férias com a família. Firme no trabalho, Joseph Safra parte para um novo desafio: desenvolver o banco suíço Sarasin, comprado por ele em novembro do 2011 por US$ 1,1 bilhão.
A postos para a empreitada, o banqueiro agora passa a maior parte do ano na Suíça, dividindo-se entre as cidades de Genebra, base do J. Safra Suisse, fundado em 2000, e Basileia, sede do Sarasin. "Mas é claro que ele não deixou completamente de lado o Banco Safra e continua acompanhando o negócio", diz uma pessoa próxima ao banqueiro.
Pode parecer estranho, mas o 52º homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 13,8 bilhões, segundo o ranking da "Forbes", tem a tarefa inicial de se apresentar aos também abastados investidores do Sarasin. Bilionários de toda a Europa deixam sob a gestão do Sarasin - que até o ano passado era controlado pelo holandês Rabobank - US$ 106,8 bilhões.
"Lá fora seu José não é tão conhecido, principalmente quando se trata da Ásia. Num primeiro momento, a missão dele é pelo menos manter os ativos que tem sob gestão", diz uma pessoa próxima ao banqueiro. No primeiro semestre deste ano, o banco recebeu 472 milhões de francos suíços novos da clientela. Um ano atrás, o fluxo tinha sido maior, positivo em 3,9 bilhões de francos suíços.
É na Ásia que o Sarasin tem feito recentemente grandes esforços para crescer. Por enquanto, o continente é responsável por 18% dos clientes do banco. Para ampliar a presença por lá, no começo do ano o banco abriu uma agência em Cingapura. A equipe de Hong Kong também recebeu reforços.
A seu lado na Suíça, "seu José" tem como braço direito seu filho mais velho, Jacob, de 38 anos, que em julho assumiu um assento no conselho de administração do Sarasin. Há vários anos, Jacob é responsável pelos bancos da família fora do Brasil. Não são poucos. Além de Suíça, há instituições em Luxemburgo, Gibraltar, Mônaco, Bahamas e Estados Unidos.
Por aqui, os filhos Alberto e David ditam os rumos do Safra a partir do conselho de administração. Nenhum deles tem cargo na diretoria executiva. É Rossano Maranhão, ex-número 1 do Banco do Brasil, quem preside o banco desde 2008 e assim se mantém. Cabe a ele um papel mais institucional, das relações do Safra com seus mais variados públicos.
Mais velho, o herdeiro Alberto está incumbido do banco comercial. Não é uma tarefa exatamente nova para ele. Em 2004, o herdeiro abriu o banco J. Safra, fundado para competir com o próprio Safra quando os irmãos Joseph e Moise disputavam o comando do banco. O impasse só foi resolvido em 2006, quando Joseph comprou os 50% do irmão.
David, o filho mais novo, está com as rédeas do banco de investimento, com as atividades concentradas no J. Safra. Assim como os dois irmãos mais velhos, se formou na renomada escola de negócios Wharton, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Depois de uma fase de transição que se arrastou por pelo menos cinco anos, os dois irmãos assumiram um banco com R$ 92,6 bilhões de ativos totais, admirado pela concorrência pela habilidade de atravessar crises sem grandes turbulências. Mas que vem perdendo espaço para a concorrência nos últimos anos.
Em 2002, o Safra detinha 2,5% dos ativos do sistema financeira no Brasil. Hoje possui 1,9%. Logo atrás do Safra, na 9ª colocação entre os maiores bancos brasileiros, está o novato BTG Pactual, com R$ 7 bilhões a menos de ativos. O Votorantim também passou à sua frente, na 7ª posição. Em meio à recente escalada da inadimplência no sistema financeiro brasileiro, a carteira de crédito do Safra encolheu em 12 meses, para R$ 47,6 bilhões.
No mercado financeiro, profissionais questionam se sob o comando da nova geração da família o "modus operandi" do Safra continuará o mesmo. Para quem é próximo do banco, não restam dúvidas de que sim. "Os filhos são um pouco mais sofisticados na forma de tratar os negócios do banco, mas o conceito é o mesmo", diz um executivo. "A família conhece seus clientes como ninguém."



Autor(es): Por Carolina Mandl e Vanessa Adachi | De São Paulo Valor Econômico - 07/12/2012